"A vida para ser bela, deve estar cercada de verdade, de bondade, de liberdade.
Essas são coisas pelas quais vale a pena morrer" Rubem Alves

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Katia Leite


Lembranças da casa dos avós

Nessa segunda-feira (26) é comemorado o Dia dos Avós. E não tem coisa melhor do que passar o dia na casa dessas pessoas tão especiais. "A casa da vovó é uma casa encantada..." diz o poema de uma criança de nove anos, descrevendo um ambiente mágico, feliz e repleto de sensações prazerosas. O subtítulo do Livro dos Avós, de Lídia Aratangy e Leonardo Posternack, vai além e pergunta: na casa dos avós é sempre domingo?
Sim, é sempre feliz um dia na casa dos avós. Eles costumam fazer nossas comidas preferidas, nos dão colo e aconchego, contam histórias reais e imaginárias. Talvez, uma das coisas mais importantes que os avós fazem é permitir às crianças serem crianças.
Mas nem sempre foi assim. Primeiro, porque chegar a ser avô é uma prerrogativa bastante recente na história da humanidade. Apenas no final do século XIX o crescimento da expectativa de vida da população começou a criar possibilidades de avós que interagissem com seus netos a ponto de conviverem com eles e estabelecerem verdadeiros laços de afeto, companheirismo e respeito mútuo. E mal surgiram, em pouco mais de um século já passaram por uma mudança radical.
Na infância de quem está na faixa dos 40 anos ou mais, avó e avô eram pessoas velhinhas, que usavam óculos, bengala, andavam devagar e tinham cabelos brancos... Mas, quem são os avós de hoje? São pessoas que muitas vezes ainda estão em atividade profissional, que dirigem seus carros, vão às compras, viajam, frequentam cursos, aprendem línguas. Não estão na cadeira de balanço fazendo tricô, nem cochilando à tarde em frente à TV. Estão ativos e cheios de vida!
Mas apesar de tanta mudança acontecendo tão rapidamente, na casa dos avós sempre vai ter um cheiro especial e doce. Porque realmente é onde se pode encontrar a possibilidade de transgressão de algumas pequenas regras do dia-a-dia, que embora bem inofensivas para as crianças, dá a elas a sensação de que estão livres e podem fazer o que quiser! Dentro de critérios de bom senso - e desde que devidamente negociadas com os pais - , uma intimidade criativa e produtiva que deve se concretizar em uma relação verdadeira entre eles. Ao contrário do ditado que afirma que "pais educam e avós estragam", uma saudável relação entre avós, filhos e netos é um importante aliado dos pais na educação dos pequenos.
As comidas tem sempre um toque diferente! Podemos falar de coisas muito simples, que fazem parte da rotina, como aquele bolo diferente ou um almoço de domingo... A comida da avó tem um tempero muito especial. O simples pão com queijo nunca fica igual em casa! Mas o mais gostoso é que as avós sempre fazem questão de esperar seus netos com seu prato predileto!
A casa dos avós é muitas vezes o ponto de encontro dos primos e o lugar das brincadeiras inesquecíveis. E geralmente tem brinquedos que parecem infinitamente mais interessantes que os de casa. Jogar bola com vovô, jogar cartas com a vovó, brincar com os primos são atividades bem gostosas e diferentes que ficam guardadas na memória com muito carinho.
Dormir na casa dos avós é tão gostoso! Sair pra tomar um sorvete no meio do dia, ficar acordado até mais tarde e ver um filme na cama, ouvir história antes de pegar no sono... A quebra de algumas regras rotineiras tornam a experiência muito especial e divertida!
As conversas com avós tem uma conotação diferente. Seja qual estilo de vida eles tenham, provavelmente já desenvolveram a paciência de escutar longos relatos sem pressa e com real interesse. E tem tantas histórias envolventes para contar!
Enfim, casa dos avós é sinônimo de alegria, conforto e prazer. Cultivando esta deliciosa relação, podemos vivenciar momentos que serão lembrados para sempre!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Empresa lança máquina que "produz" água a partir da umidade do ar

Criada em 2009, fabricante HNF já exporta o aparelho, patenteado em 2006, e começará a vender também para indústrias

Juliana Kirihata, iG São Paulo | 22/07/2010 05:55
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Em Feira de Santana, na Bahia, alunos e professores de 125 escolas matam a sede com água extraída do ar. Não é resultado de nenhuma experiência de laboratório, mas da instalação de 375 máquinas que retiram a umidade do ar e a transformam em água no estado líquido. “Antes desse equipamento era um sufoco”, diz Eliane Mota, diretora da escola Nossa Senhora do Rosário.
Foto: Divulgação
Crianças bebem água em escola municipal de Feira de Santana
O aparelho, desenvolvido pela empresa mineira HNF, “produz” a água por meio da compressão e condensação do ar, processo do qual se obtém o chamado ponto de orvalho. Para tornar o líquido potável, são utilizados três processos de filtragem. O equipamento também possui um software que regula o processo para torná-lo possível em condições variadas de temperatura e umidade do ar. Segundo Henrique Fiuka, um dos sócios da HNF, num ambiente com umidade em torno de 40% e temperatura ambiente de aproximadamente 20º C, a máquina transforma 30 litros de água em um dia. “Num local com 60% de umidade, chega a fazer 40 litros”, diz.
Fiuka afirma que, além de escolas, a empresa pretende colocar seus aparelhos em locais de grande circulação de pessoas, como hospitais, empresas, postos de saúde e clubes. Lançada em 2009, a máquina ainda tem um preço salgado: R$ 6,5 mil. Para o empresário, o valor deve diminuir em poucos anos. “Quando tivermos mais demanda vamos conseguir baixar o custo”, diz. Até agora, foram vendidas cerca de mil unidades no Brasil, Argentina e Angola, mas a meta da HNF é comercializar, em menos de um ano, dez mil máquinas por mês.
Uso doméstico
Para conseguir alavancar as vendas e atender também as residências, a empresa lançou nesta semana a versão doméstica do aparelho, que armazena 12 litros de água e deve chega ao mercado com o preço de R$ 2 mil. “O cliente poderá substituir o bebedouro de galão ou o purificador de água”, afirma Fiuka.
Norman Pedro Quiroga, sócio da HNF e inventor do equipamento, diz que o próximo passo da empresa é fornecer máquinas para indústrias, que teriam a capacidade de produzir cerca de 50 mil litros de água por hora. “O projeto está pronto. Já temos encomendas feitas”, diz o engenheiro.
A primeira máquina de “fazer água” da empresa demorou cerca de sete anos para ser desenvolvida e foi patenteada em 2006. A ideia do invento surgiu quando Quiroga trabalhava para uma empresa nos EUA, que necessitava de água pura para realizar uma pesquisa.
Hoje, existem equipamentos similares no mercado internacional, mas, segundo o inventor, a máquina brasileira se diferencia pela versatilidade. “Existe uma máquina nos EUA, mas ela tem limitações de temperatura e de umidade”, diz. A versão americana só consegue produzir água com umidade do ar mínima de 40% e temperatura de pelo menos 20º C. O equipamento da HNF funciona a partir de 10% de umidade do ar e temperatura a partir de 15ºC.
Sustentabilidade
Outra possível utilização para os aparelhos de produção de água pela umidade do ar, de acordo com a HNF, é na agricultura. Em sua campanha institucional, a empresa diz que a aplicação em lavouras e plantações “significa o fim das secas provocadas pelas estiagens sazonais”. Para Paulo Costa, especialista em uso racional da consultoria H2C, o uso de equipamentos como o da HNF não é a melhor saída para se resolver o problema da falta d’água no mundo. “Existem tecnologias mais simples que têm benefício maior”, diz o consultor.
Uma das opções, segundo Costa, seria a substituição do método de irrigação por aspersão – quando a água cai na terra como se fosse chuva – ou pelo sistema de gotejamento, método que distribui o líquido por gotejadores que ficam próximos da base das plantas - cerca de 70% da água consumida no País é utilizada na agricultura e pecuária.
“O sistema de gotejamento consumiria apenas 1/6 do que é utilizado hoje”, afirma Costa. Segundo o especialista, o potencial de uso da água da chuva também não é utilizado adequadamente. “Menos de 2% dos edifícios comerciais, residenciais e industriais usam água de chuva.”

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Reportagem do Fantástico


Jovem processa mãe por usar perfil dele em site de relacionamento

Ela foi condenada a pagar multa equivalente a cerca de R$ 800 e proibida de ver o rapaz que vive com a avó. Até que pontos os pais devem interferir na vida online dos filhos?

Enquanto a mãe põe a mesa, os dois filhos adolescentes estão na sala, cada um em um computador. Por trás dessa cena tão comum, está uma dúvida frequente dos pais: será que devo controlar o acesso dos meus filhos à internet?

A professora Solange Fátima Ferrari, de Carazinho, interior do Rio Grande do Sul, sentiu no bolso a resposta para essa pergunta. Ela acaba de ser condenada pela Justiça a pagar R$ 5 mil de indenização por danos morais. O motivo: seis anos atrás, o filho dela criou uma página virtual ridicularizando um colega.

“Eu e meus amigos resolvemos alterar algumas fotos, mas nunca nós pensamos que aconteceria uma coisa dessas, que iria se entrar na Justiça”, conta o estudante Ariel Ferrari.

“Eu nunca controlei o acesso dele na internet, porque ele não tinha perfil de menino que fosse fazer uma coisa dessas”, justifica a mãe de Ariel, Solange Fátima Ferrari. “Foi brincadeira de adolescente”, declara Ariel.

O estudante Felipe de Arruda Birk, vítima de Ariel, não achou graça nessa brincadeira que, aliás, tem nome: cyberbullying. “Você tenta fazer de conta que não é contigo, mas não adianta. Estão me ameaçando, denegrindo minha imagem. E você fica nessa, ainda mais quando é adolescente, e a internet é tudo na sua vida”, comenta.

“Uma agressão dessas na internet configura o equivalente à calúnia e à difamação. O pai precisa saber da gravidade do problema, interromper de imediato e tirar o conteúdo que foi exposto do ar”, diz o psicólogo Rodrigo Nejm, da ONG Safernet.

“Eu acho que tem que ter controle. Agora, eu vejo isso, mais do que nunca”, admite Solange.

Mas quando o controle vira invasão de privacidade? Nos Estados Unidos, uma mulher foi processada pelo filho de 17 anos por ter se passado por ele em uma página de relacionamentos. Foi condenada a pagar multa equivalente a cerca de R$ 800 e proibida de ver o rapaz que vive com a avó.

Será que é possível conciliar o controle do que o seu filho faz na internet com um pouco de liberdade? O corretor de seguros Antonio Carlos Silvestre encontrou uma solução intermediária: “A ideia foi criar uma comunidade na qual eu me juntei a outros pais e nós fomos aprendendo como ir permitindo que os nossos filhos conheçam as redes sociais. Hoje já são quase 1,7 mil pais. Tem lá uns 50 filhos que brigam conosco”.

Antonio é pai de Pedro, 11 anos, e Lucas, de 15. Ele mantém um caderno com as senhas atualizadas de todas as contas virtuais dos filhos. Será que os meninos se incomodam?

“A princípio eu não gostei muito. Eu não gostava que ele tinha todas as minhas senhas. Depois, eu comecei a entender e acabei aceitando”, comenta Lucas Silvestre, de 15 anos.

“A princípio, eles olhavam e falavam: ‘o pai do Lucas monitora’. Mas se tornaram amigos do pai do Lucas. Não só nos aproximou do Lucas, mas dos amigos do Lucas”, compara a mãe de Lucas e Pedro, Juliana Silvestre.

Na casa da família Souza, no Rio de Janeiro, os computadores estão por toda parte e a palavra de ordem é confiança.

“Meu pai me explica o que é certo e o que é errado e eu tento seguir essas orientações melhor que eu posso”, conta Breno de Souza, de 11 anos.

“Eu acho que a curiosidade acaba sendo maior, quando você tem uma proibição muito grande. Às vezes, ele sai do computador, deixa a página aberta e vem um amigo e pergunta ‘Breno, cadê você?’. Eu falo que ele deu uma saída e já volta. Não tem essa preocupação dele e nem nossa de estar escondido”, justifica a empresária Mônica de Souza.

“Participe, conheça quem são os amigos do seu filho, tenha também você um perfil. É um jeito de conhecer seu filho novo também, pela internet”, aposta corretor de seguros Antonio Carlos Silvestre.

sexta-feira, 16 de julho de 2010


 Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam
poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir
assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com
triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

Mário de Andrade
(1893-1945)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Educador e Aprendiz
Amanda Hipólito Calvoso )
                                                                              
                                                    
Quando me encontro com as crianças,
Sinto o encontro da terra com o céu,
E me pergunto:
- Quem é o educador e quem é o aprendiz?
Eu as ensino a chegar na Terra.
Elas me ensinam a trazer o céu.
Eu as ensino a pisar firme no chão.
Elas me ensinam a voar acima das estrelas... e alto sonhar!
Eu as ensino a falar a língua dos Homens.
Elas me ensinam a ouvir a canção dos anjos.
E enquanto eu as ensino a lavar as mãos,
Elas me ensinam a lavar a alma.
Enquanto eu as ensino a cuidar da natureza,
Elas me ensinam a cuidar do espírito.
Então, enquanto eu as ensino a pedir perdão,
Lá estão elas me ensinando a perdoar.
Neste encontro da Terra com o Céu,
Quem é então o educador?
E quem é o aprendiz?
Quando começa a esfriar,
Eu logo cuido de as agasalhar.
Mas quando o frio é em meu coração,
São elas que me aquecem com o sol de sua alegria radiante.
E o que antes pudera me deixar “borocochô”,
Fica logo pequenino ao lado do que sinto por elas:
Um grande amor!
E se a pergunta é:
Quem é o educador e quem é o aprendiz?
A resposta é:
Que do alto de minha grande estatura,
Sempre me curvo à grandeza de meus pequenos.
Meus pequenos Grandes Mestres!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Seção : Saude Plena - Saúde - 05/07/2010 10:08

Saiba quais são as áreas da casa que mais concentram bactérias


Gabriel Miranda - Redação Saúde Plena
http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=download&id=956146 - 05/07/2010
Para quem tem mania de limpeza, será difícil relaxar ao jantar ou tomar banho na casa de algum amigo após ler esta matéria. Estudo realizado em nove países mostra que cerca de dois terços dos banheiros têm alto nível de contaminação por bactérias nos rejuntamentos (aquele espaço entre os azulejos, ou entre a parede e o chão).

Apesar desse dado, o trabalho revela que o banheiro não é o ambiente mais sujo da casa, como explica o virologista britânico John Oxford, professor da Escola de Medicina e Odontologia Queen Mary, da Universidade de Londres. 

“As pessoas têm uma preocupação natural com o banheiro, mas é na cozinha que estão as superfícies mais contaminadas”, conta o especialista.

Onde, exatamente estão os micróbios? Nos panos de prato, nas esponjas e, acredite, no interior da geladeira.

Oxford é líder do Conselho Global de Higiene (Hygiene Council), um grupo sem fim lucrativo que reúne especialistas de várias partes do mundo e que recebe recursos da Reckitt Benckiser, multinacional que detém algumas marcas de produtos de limpeza.

A pesquisa foi conduzida em nove países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Índia, Malásia, Reino Unido). Em cada um, foram coletadas amostras em vinte domicílios de diferentes classes sociais e presença de crianças.

Apesar do número limitado de amostras analisadas (o grupo pretende ampliar o estudo), Oxford explica que o estudo ajuda a detectar problemas de higiene nos lares e direcionar as recomendações para o público.

Em todos os países, o rejuntamento do banheiro (também conhecido como “rejunte”) foi o campeão de sujeira. Além da E. coli, bactéria causadora de infecções intestinais, a presença de fungos também foi alta – a umidade é perfeita para esses micro-organismos, que ao serem inalados podem provocar alergias respiratórias.

O vírus influenza, causador da gripe, sobrevive por cerca de duas horas nas mãos, por até 24 horas nas superfícies de plástico ou aço e até 48 horas na madeira

Os países com pior índice de contaminação no rejuntamento do banheiro foram Índia, Malásia, Arábia Saudita, Reino Unido e Austrália, em ordem decrescente. O melhor índice foi encontrado no Canadá, onde a maior parte dos moradores afirmou usar água sanitária e, ou, fungicida para limpar o banheiro.

Geladeira

A segunda área das residências com maior quantidade de micro-organismos, de acordo com a pesquisa, foi o interior da geladeira. Os exames acusaram grande quantidade de bactérias e fungos em quase metade dos lares. O problema é consequência do hábito de deixar a comida direto sobre a prateleira e também pela temperatura inadequada – ao abrir a porta com frequência, o ambiente se aquece e as bactérias e fungos se proliferam. A recomendação é limpar as superfícies pelo menos uma vez por mês.

Pano e esponja

Outra fonte de micróbios da casa é o pano de prato: os testes acusaram excesso de bactérias em 36% das amostras. Para piorar, os pesquisadores encontraram E. coli, que tem origem fecal, em 6% delas, e Staphylococcus aureus, que se prolifera na pele e nas narinas, em 5%. Isso significa que muita gente não lava as mãos corretamente e depois utiliza a toalha para enxugar os pratos, contaminando a louça e a comida.

Segundo o Hygiene Council, o ideal é trocar o pano da cozinha todos os dias e lavá-lo com água quente. O aquecimento, aliás, também é útil para lavar a louça. “Mas é uma prática que não é comum em muitos países e, além disso, o cuidado com o meio ambiente tem feito as pessoas usarem mais água fria”, comenta.

Gripe

Como nunca é demais lembrar, Oxford enfatiza que é preciso investir tempo, água e sabão para lavar as mãos corretamente, pelo menos ao chegar em casa, antes de comer ou cozinhar e, principalmente, após usar o banheiro.

Por fim, ele lembra que as pessoas devem dobrar os cuidados com a limpeza das mãos e das superfícies (como mesas, controles-remotos, telefones, teclado do computador etc) quando algum morador da casa estiver doente. 

“O vírus influenza, causador das gripes, sobrevive por cerca de duas horas nas mãos, por até 24 horas nas superfícies de plástico ou aço e até 48 horas na madeira”, ensina Oxford, que é considerado um dos maiores especialistas do mundo em gripe suína, ou H1N1.

Pelo que mostram os estudos, as pessoas ficam mais doentes por problemas de higiene do que se imagina. Mas, para ele, não se trata de desleixo, apenas de não limpar as mãos e a casa da forma mais adequada. “Aparência nem sempre é garantia de limpeza.”